10 coisas importantes na hora de escolher um professor particular


Nesse post, vou dar algumas dicas preciosas na hora de se escolher um professor particular. Seja para seus filhos, seja para você mesmo, se existe a procura por um profissional como esse, é porque você precisa dele. Ninguém opta por aulas de alguma coisa que não precisa aprender ou pela qual não se interessa.

Por isso, alguns pontos importantes precisam ser levados em conta na hora de fazer essa escolha.

 

1) Onde  procurar?

A melhor maneira de encontrar professores particulares é fazer uma busca pela internet, afinal, o Google – o oráculo da modernidade – tudo registra e tudo pesquisa. Jogando palavras-chave como “aulas particulares” ou “professor particular”, você conseguirá muitos resultados. Se quiser, especifique a disciplina de que precisa.

Muitos professores anunciam suas aulas em sites de classificados, como o Primeira Mão ou Olix, mas existem outras opções mais específicas, como os portais de aulas particulares. Seja para divulgar serviços de professores autônomos, seja para representar empresas que trabalham com reforço escolar, na internet hoje se pode encontrar todo tipo de professores e aulas. No caso das empresas que vendem essas aulas, como em qualquer outro caso, é importante se certificar da idoneidade e a seriedade do trabalho realizado.

Aqui, vou deixar a dica de um site com o qual trabalho e conheço bem: O Portal Profes. Nesse link, você verá meu perfil, mas também pode visitar a home page e pesquisar por outras disciplinas. Além de aulas presenciais, o portal oferece uma plataforma de ensino online, cujo ambiente virtual é muito bom e passa por aperfeiçoamento contínuo. Trabalho há anos com o Profes e visto a camisa de seu trabalho, que tem muito empenho em ouvir professores e alunos com muita solicitude, oferecendo acessória técnica com rapidez.

 

2) Para cada necessidade, um professor

Nota: no post Para cada aluno, um professor particular, comentei mais detidamente esse assunto.

Para quem são as aulas? Para você ou para seu(s) filho(s)? São para uma criança, um adolescente, um adulto ou um idoso?

É muito importante ter em mente que, assim como os alunos, os professores também têm suas preferências e competências particulares. Além dos cursos específicos que qualificam esses profissionais, ele precisa ter aptidão e gosto para trabalhar com a faixa etária do aluno em questão.

Crianças, adolescentes, adultos e idosos têm potencialidades e possibilidades de aprendizado que, muitas vezes, precisam ser exploradas de modos diferentes.

Nem a formação inicial do professor o limita a uma faixa etária de alunos, nem seu gosto por ampliar sua habilidade de ensino precisa ficar restrito á sua formação. O importante é que o professor se sinta bem para dar as aulas, e que o aluno sinta segurança no professor.

 

O conteúdo é iniciante, intermediário ou avançado?

O melhor que você tem a fazer é explicar para ele do que precisa, para que ele possa avaliar se poderá te ajudar ou não. No segundo caso, talvez seja melhor procurar outro professor. Uma coisa interessante: pode ser que o próprio professor conheça um colega que possa te dar as aulas do conteúdo em questão. Então vale pedir indicações.

 

Trata-se de um aluno com capacidade cognitiva normal, ou com alguma dificuldade diagnosticada?

Apesar de parecer que o diagnóstico dirá tudo que o professor precisa saber para lidar com os alunos portadores de necessidades especiais, não é bem assim. Afinal, não é incomum que dois deles, mesmo com diagnósticos iguais, apresentem especificidades muito diferentes no ambiente escolar. Por isso, é desejável que o professor tenha alguma qualificação ou experiência em relação a isso.

 

O aluno realmente quer aprender?

Se o aluno não tem nenhuma dificuldade que atrapalhe seu aprendizado, é preciso que ele se comprometa a aprender e seguir as orientações do professor. Do contrário, todo tempo e dinheiro serão jogados no lixo.

Por isso, se você procura um professor particular para você, tenha certeza de que irá se dedicar aos estudos. Se for para uma criança, converse com ela e a incentive a estudar e a se interessar pelo que o professor terá a ensinar.

 

3) O professor tem formação na área em que leciona?

Se você gostou do professor, mas não sentiu muita coerência entre o que ele ensina e sua formação ao analisar o currículo dele, nada impede de perguntar como ele chegou a lecionar essa disciplina. Pode ser que ele tenha feito algum curso que não colocou em seu currículo ou que, por outra circunstância, tenha segurança para dar aulas sobre ela.

É claro que os professores não estão limitados a lecionarem apenas os conteúdos específicos de suas áreas de formação pois, ao longo do tempo, é comum que os estudos os levem a complementar e ampliar seu conhecimento. Entretanto, é difícil olhar com confiança para um professor que estudou Educação Física, mas dá aulas de História.

Algumas formações são mais amplas, outras nem tanto. Por isso, é interessante avaliar se os principais itens na formação do professor estão ligados à disciplina que ele leciona. Do mesmo modo, um professor que dá aulas de Português, Matemática, Geografia e Física pode não ter o mesmo domínio de todas elas. Lembre-se: uma coisa é ter estudado Física no Ensino Médio, ou ter feito uma disciplina de mecânica dos fluidos na faculdade. Outra, é ter segurança e conhecimentos sólidos das bases dessa disciplina que garantam ao professor transmiti-los de maneira clara ao aluno.

 

4) Ele tem experiência?

Se um jovem professor não tiver seus primeiros alunos, nunca ganhará experiência. Isso é fato. Por isso, não descarte de sua lista esses jovens profissionais, pois o que falta a eles em experiência, sobra em dedicação e força de vontade.

Mas, caso você necessite de um professor com mais experiência, leve em conta fatores como:

 

Ele cobra pelo deslocamento que terá de fazer até sua casa?

Isso é comum, e muito justo. Apenas pondere se esse valor não está muito acima do valor cobrado quando é o aluno que vai até o professor.

 

 Ele trabalha com a sua demanda?

Muitas vezes, com a experiência e o amadurecimento, pode ocorrer de o professor se especializar em trabalhar com uma determinada faixa etária ou nível de ensino. Por exemplo, não vale a pena contratar um professor que só trabalha com vestibulandos para auxiliar uma criança de seis anos em sua lição de casa. Isso, é claro, será colocado pelo professor (ou nos anúncios de suas aulas, ou no primeiro contato), se ele de fato não aceitar certos tipos de demandas. Se ele se mostrar hesitante, não insista. Acredite, isso será melhor para você – ou para o aluno – que não terá um professor desmotivado ou desabituado para atendê-lo.

 

Ele se mostra simpático e solícito?

É claro que isso é uma questão de opinião. Mas a minha, eu deixo claramente expressa por aqui: não importa o quanto um professor seja qualificado, reconhecido e bom no que faz, ele sempre deve se mostrar gentil e convidativo para com o aluno. Afinal, ninguém nasceu sabendo tudo – nem mesmo ele. Além disso, reflita se você realmente está disposto a ter aulas com um professor que subestima sua capacidade de aprendizado ou não está preocupado em descobrir como te motivar sem te desanimar.

 

5) Quanto ele cobra pela hora/aula? O valor pode ajudar a decidir.

No caso das aulas particulares, a forma mais comum de se cobrar por esse serviço é fixar um valor por cada hora de aula, que chamamos de hora/aula.

Quando o professor está no início de sua carreira, geralmente estipula um valor menor para atrair seus primeiros alunos e ganhar experiência. Na medida em que se sente seguro e vai desenvolvendo suas estratégias de ensino, é comum que esse valor vá subindo.

É claro que esse valor não pode estar muito acima da média pois, nesse caso, o professor teria muita dificuldade em conseguir alunos. Embora isso dependa também do valor que seu público-alvo está disposto a pagar pelo que ele oferece, é preciso ter os pés no chão em relação a isso.

Em última instância, somente você saber de quanto dinheiro dispõe para esse fim e isso com certeza é um fator importante na hora da decisão. Afinal, ninguém quer ficar no vermelho.

Por isso, fica uma dica preciosa: nem sempre o professor com uma hora/aula mais em conta é a melhor escolha. Por isso, faça uma pesquisa na internet, solicite orçamentos e converse com vários professores antes de se decidir.

 

6) Veja se há desconto para pacotes

Quando o aluno contrata muitas aulas, é possível fazer um desconto. Isso é comum em diversos cursos e serviços, que oferecem descontos com base na quantidade de itens contratados.

Contudo, o professor tem a opção de não oferecer descontos. Tudo é uma questão se negociação e conversa. Tenha em mente que, se ele tem a opção de não concordar com sua proposta, você também tem a opção de não contratar as aulas. Por isso, se não deu certo, bola pra frente.

 

7) Aula presencial ou online?

Hoje, temos dois tipos de aulas particulares, quando se trata do local onde acontecem: presencial e online.

Aula presencial

No primeiro caso, as aulas podem acontecer na casa do aluno, do professor, ou ainda em local público. Geralmente, quando é o professor que precisa se deslocar, isso é contabilizado no valor da hora/aula. Imagine uma cidade como São Paulo, em que deslocamentos podem levar horas… É justo que o professor não fique no prejuízo no tempo que leva no trânsito.

Muitos professores, geralmente os mais experientes, atendem seus alunos em um espaço próprio, que pode ser uma sala adaptada em sua residência ou num escritório em outro local. Nesse caso, é o aluno quem vai até ele. Dependendo do caso, despesas com a manutenção do espaço são levadas em conta pelo professor ao determinar o valor das aulas.

Caso a aula seja em local público, bibliotecas, coworkings ou até cafés são ótimas opções. A vantagem é a segurança do local público, principalmente quando professor e aluno ainda não se conhecem.

 

Aula online

As aulas que acontecem no ambiente virtual ainda são um campo recente e, muitas vezes, objeto de desconfiança por parte da maioria dos alunos. Contudo, esse mercado está em expansão e é visto com otimismo por professores e gestores de portais que trabalham com essa modalidade de aula.

É claro que o contato entre o professor e o aluno acontece de maneira diferente, mas isso não significa que seja menos produtivo. As aulas online apresentam vantagens tanto para o aluno, quanto para o professor.

Para o professor: deslocamento, otimização de tempo, maior número de aulas, segurança e conveniência de trabalhar em home Office.

Para o aluno: não precisa se deslocar, pode otimizar sua rotina de estudos, tem a segurança de ficar em sua casa. Valor das aulas geralmente é menor, por causa da ausência de deslocamento.

Existem plataformas específicas para esse tipo de serviço, como o Portal Profes, o Professores de Plantão e o Descomplica. Delas, já trabalhei com as duas primeiras, e hoje atuo apenas com o Portal Profes, cujo trabalho acompanho desde o início. Outras possibilidades são o Skype e o Hangouts, por exemplo.

 

8) Pergunte como serão feitas eventuais reposições de aulas

Seja por um motivo ou por outro, sabemos que todos nós estamos sujeitos a termos imprevistos no meio de um dia atarefado. Por isso, é importante que você combine com o professor o que deve ser feito em casos como esse. O que acontece se você não puder ter a aula? E se o cancelamento for da parte dele?

Acertar previamente como proceder nesses casos pode te poupar certa dose de preocupação. É comum que seja feito o seguinte combinado entre o professor e o aluno:

– se o aluno não puder ter a aula, é preciso avisar com pelo menos 24 horas de antecedência, para que o professor possa encaixar outro aluno nesse tempo ou se organize para dar conta de outros afazeres. Assim, ele não perderá esse tempo.

– no caso de o professor ter que desmarcar a aula, vale a mesma antecedência, sendo que ele irá repor esse tempo em dia e horário a serem combinados com o aluno.

Contudo, se o contratempo não permitir que sejam dados avisos com antecedência, infelizmente, o aluno, ou o professor será deixado esperando. Nesse caso, o aluno que não avisou de sua ausência não terá direito à reposição. No caso de ausência do professor, ele terá de fazer a reposição sem custos para o aluno.

Esse acerto, vale lembrar, é bom que seja feito logo no começo das aulas. Assim, se algo acontecer, ambas as partes já saberão como proceder. Além do fato de que não é nada agradável deixar outra pessoa esperando sem notícias, é possível que o stress resultante de uma ausência não avisada abale a relação de confiança entre o professor e o aluno, o que não é bom.

 

9) Converse com o professor antes de acertar as aulas

Mas, como saber se você vai se dar bem com o professor e se ele realmente poderá te ajudar? Nada melhor do que conversar com ele antes de começar as aulas. Muitos professores oferecem uma aula “test-drive”, grátis, para ajudar o possível aluno a se decidir. Caso isso não seja um procedimento dele, nada impede vocês de marcarem uma reunião – presencial ou online – para conversar sobre suas expectativas.

 

10) Teve empatia?

Quanto mais novo o aluno, mais tendência ele tem a identificar o aprendizado com a empatia pelo professor. É muito comum que alunos tenham notas mais baixas nas disciplinas dos professores com os quais não construíram um vínculo.

Na medida em que vamos crescendo, começamos a nos dar conta de que precisaremos aprender muitas coisas, mesmo que às vezes não gostemos delas, nem dos professores que as lecionam. É muito comum que isso aconteça no Ensino Superior, em que precisamos cursar muitas disciplinas e, em algumas delas, nos deparamos com professores com os quais não simpatizamos. Mas, se quisermos nos formar, teremos que superar a necessidade de empatia para conseguirmos o tão sonhado diploma.

A boa notícia é que, quando se trata de contratar aulas particulares, podemos – e devemos – levar em conta “se o santo bateu ou não”. Como serão apenas você e ele(a) na aula, é importante que o clima seja simpático, pois isso ajudará incrivelmente no aprendizado. Além disso, na maioria das vezes, você acabará ganhando também um amigo(a). Tenho muitos amigos que foram meus alunos, e fiquei amiga de muitos de meus professores. Isso é uma das coisas mais gratificantes da docência.

 

Espero que essas dicas tenham sido úteis. Se você quer dar aulas particulares, não deixe de ler os próximos posts.

Até lá!

 

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