Tá difícil? A gente explica – Memórias Póstumas de Brás Cubas

Machado de Assis, 1890. Foto: Marc Ferrez.

Oie!

Eis um post inusitado no Escrevendo sem medo! Vamos falar de literatura brasileira?

Se você está chegando agora neste blog, precisa saber que a professora por trás dele é especialista em ensinar pessoas a escreverem melhor e, um dia, vai dominar o mundo pela redação. Pelo menos, a meta é essa = )

Mas… você sabe que, pra escrever melhor, é preciso ler, né? Sem essa coisa de pegar uma leitura e saber tirar dela tudo o que ela pode te oferecer, não tem chance de você se dar bem nos seus desafios da escrita. Isso sem falar no orgulho que a gente fica quando se diverte com o texto e percebe as ironias dele.

E, preciso te contar, ri a rodos com o Machado de Assis (Machadão, pros íntimos) essa semana. Eu tinha esquecido do quento ele é genial nos seus romances: sarcástico, com um humor nada óbvio que faz a gente rir alto e desconsertar o coleguinha do busão (isso é a minha cara).

Tá difícil? A gente explica!

A convite de dois amigos queridíssimos – a Josi e o Diogo -, estou participando do projeto “Tá difícil? A gente explica!”, que é uma proposta transdisciplinar para facilitar a vida do querido estudante que tá na berlinda do vestibular.

O que é que o projeto tem? Tem trechos de filmes, tem. Tem leitura dramática de partes do livro, tem. Tem percussão e sonoplastia também. E depois, rola ainda uma roda de conversa pra discutir os aspectos da obra diretamente ligados ao vestibular.

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Olha que a equipe é ótima:

  • Joseane Alfer, mestre e doutoranda em Estética e História da Arte,
  • Diogo Gomes, diretor, produtor de cinema e teatro, além de mestrando em Estética e História da Arte,
  • Carolina Velloza, mestre em História Social pela Usp,
  • Oswaldo Faustino, escritor, ator, jornalista, palestrante,
  • e a Ana aqui, que é professora de redação, fundadora do Escrevendo sem Medo!, mestre e doutora em Estética e História da Arte

Onde isso, Ana?

Sesc Jundiaí

 (011) 4583-4900

 Avenida Antônio Frederico Ozanan, 6600, (-), Jardim Botânico – Jundiaí/SP

Nessa terça, que foi dia 01 de outubro, falamos do romance Memórias Póstumas de Brás Cubas. Pra complementar o que foi colocado no evento, aqui vai um material pra te ajudar a aprofundar seus conhecimentos sobre o Machadão, a obra em questão e o contexto literário do realismo, em que está inserido o romance.

Ah, que festa da literatura!

Machado de Assis – o autor

  • Nasceu em 21 de junho de 1839 na cidade do Rio de Janeiro
  • Neto de escravos alforriados, teve infância pobre e não pôde frequentar regularmente a escola. Mas foi autodidata.
  • Em 1866, conheceu Carolina Augusta Xavier de Novais, com quem se casaria três anos depois.
  • Tornou-se um homem muito respeitado, ocupando diversos cargos públicos.
  • Produziu 10 romances, 10 peças teatrais, 200 contos, 5 coletâneas de poemas e mais de 600 crônicas
  • Fundador e presidente da Academia Brasileira de Letras (em 1987)
  • Duas fases: românica (1864 a 1878) e realista (com a publicação de “Memórias Póstumas”)
  • Essa obra também mudou radicalmente o panorama da literatura brasileira, além de expor de forma irônica os privilégios da elite da época
  • Falece no dia 29 de setembro de 1908, aos 69 anos de idade
Machado de Assis, 1890.
Foto: Marc Ferrez.

Memórias Póstumas de Brás Cubas – a obra

  • Publicado em 1881
  • Marca o início oficial do realismo no Brasil
  • Marca o início da fase mais madura e qualificada de Machado de Assis
  • Foco narrativo: primeira pessoa (narrador-defunto), narrador “não confiável”
  • Protagonista: Brás Cubas (boa vida, arrogante e incompetente, membro de uma elite endinheirada e improdutiva, que não poupa ninguém de seu deboche e ironia sarcástica)
  • Espaço: Rio de Janeiro (e fase de urbanização) e Coimbra (universidade)
  • Tempo: cronológico e psicológico
  • Enredo: não linear (com começo, meio e fim)
  • Características marcastes: pessimismo e humor
  • Infância: não idealizada (e até cruel), afasta a obra do romantismo
  • Não há idealização do amor e da mulher
  • Frustrações: emplasto para curar todas as doenças do mundo
  • Capítulo das negativas: exemplo do pessimismo e da ironia do autor. Não tem “final feliz”

Personagens (além do Brás Cubas)

  • Virgília: grande amor de Brás Cubas, sobrinha de ministro
  • Marcela: amor da adolescência de Brás
  • Eugênia: a “flor da moita”, nas palavras de Brás, já que era filha de um casal que ele havia flagrado, quando criança, namorando atrás de uma moita
  • Nhã Lo Ló: última possibilidade de casamento para Brás Cubas
  • Lobo Neves: marido de Virgília
  • Quincas Borba: teórico do humanitismo, doutrina à qual Brás Cubas adere
  • Dona Plácida: representante da classe média, tem uma vida de muito trabalho e sofrimento
  • Prudêncio: escravo da infância de Brás Cubas, ganha depois sua alforria

O filme

Lançado em 2011, o filme conta com a direção de André Klotzel. O roteiro ficou por conta do próprio diretor, em conjunto com José Roberto Torero. No elenco, entre outros nomes, estão Reginaldo Faria, Sônia Braga e Marcos Caruso.

 

O Realismo – contexto literário

  • A estética realista-naturalista predominou na segunda metade do século XIX
  • Visão de mundo baseada na razão e na observação objetiva da natureza
  • Marco inicial no Brasil: Memórias Póstumas de Brás Cubas – predomina a análise psicológica das personagens
  • Características:
    • Cientificismo (filosofia)
    • Avanços tecnológicos e urbanização acelerada
    • Personagens comuns e sem idealização
    • Temática social e cotidiana
    • Críticas à realidade, à sociedade da época e os valores burgueses
  • Produção artística – mostrar a realidade sem fantasias; explicações científicas para o comportamento social e psicológico das pessoas
  • Dois tipos de narrativas: romance social/naturalista e romance psicológico

Quincas Borba (uma escapadinha do roteiro)

  • Desenvolvido como folhetim na revista A Estação, entre os anos de 1886 e 1891
  • Publicado como livro, com algumas mudanças, em 1891
  • Quincas Borba não é o romance mais conhecido de Machado de Assis, mas tem a mesma relevância
  • Na escola, Brás era amigo de traquinagem de Quincas Borbas, que aparecerá no futuro defendendo o humanitismo, misto da teoria darwinista com o borbismo: “Aos vencedores, as batatas”, ou seja: só os mais fortes e aptos devem sobreviver.
  • Foco narrativo: terceira pessoa
  • Enredo: história de Rubião, ingênuo rapaz que torna-se discípulo e herdeiro do filósofo Quincas Borba e que, sendo enganado por seu amigo capitalista Cristiano e sua esposa Sofia, paixão de Rubião, vive na pele todo o fundamento teórico do Humanitismo, filosofia fictícia daquele filósofo.
  • Rubião é vítima do casal e morre louco
  • Crítica social: falcatruas, dissimulação, interesses escusos, enganação, jogo de aparência social

Curiosidades

No capítulo VI, intitulado “Chimène, qui l’eût dit? Rodrigue, qui l’eût cru?” (Ximena, quem o diria? Rodrigo, quem o acreditaria?), o autor faz referência a uma peça antiga de Corneille, dramaturgo francês do século XVII. Nela, temos a história de Chimene e Rogrigue, que se apaixonam, mas são separados por uma dívida de honra.

Essa é apenas uma das muitas citações que o autor faz, seja em Memórias Póstumas de Brás Cubas, seja em diversas outras. Nesse caso, Machado usa a referência para enquadrar a história de amor que o protagonista havia vivido com Virgília. Esse amor, contudo, era adúltero.

Caiu no Vestibular

 1) (FUVEST) Nesse livro, ousadamente, varriam-se de um golpe o sentimentalismo superficial, a fictícia unidade da pessoa humana, as frases piegas, o receio de chocar preconceitos, a concepção do predomínio do amor sobre todas as outras paixões; afirmava-se a possibilidade de construir um grande livro sem recorrer à natureza, desdenhava-se a cor local; surgiram afinal homens e mulheres, e não brasileiros (no sentido pitoresco) ou gaúchos, ou nortistas, e, finalmente, mas não menos importante, patenteava-se a influência inglesa em lugar da francesa.

Lúcia Miguel-Pereira, História da Literatura Brasileira – Prosa de ficção – de 1870 a 1920. Adaptado.

O livro a que se refere a autora é

a) Memórias de um sargento de milícias
b) Til
c) Memórias póstumas de Brás Cubas.
d) O cortiço
e) A cidade e as serras

2) (FUVEST) Em quatro das alternativas abaixo, registram-se alguns dos aspectos que, para bem caracterizar o gênero e o estilo das Memórias póstumas de Brás Cubas, o crítico J. G. Merquior pôs em relevo nessa obra de Machado de Assis. A única alternativa que, invertendo, aliás, o juízo do mencionado crítico, aponta uma característica que NÃO se aplica à obra em questão é:

a) ausência praticamente completa de distanciamento enobrecedor na figuração das personagens e de suas ações
b) mistura do sério e do cômico, de que resulta uma abordagem humorística das questões mais cruciais
c) ampla liberdade do texto em relação aos ditames da verossimilhança
d) emprego de uma linguagem que evita chamar a atenção sobre si mesma, apagando-se, assim, por detrás da coisa narrada.
e) uso frequente de gêneros intercalados – por exemplo, cartas ou bilhetes, historietas etc. – embutidos no conjunto da obra global

3) O romance Memórias póstumas de Brás Cubas publicou-se num momento significativo da literatura brasileira, tanto para a carreira de Machado de Assis, como para o desenvolvimento da prosa no Brasil. Tornou-se um divisor entre:

a) a prosa romântica e a realista-naturalista;

b) o romantismo e o cientificismo literário;

c) os remanescentes clássicos e a necessidade de modernização;

d) o espírito conservador e o espírito revolucionário;

e) a prosa finissecular e a imposição renovadora da época.

4) (FUVEST) “Era uma flor, o Quincas Borba. Nunca em minha infância, nunca em toda a minha vida, achei um menino mais gracioso, inventivo e travesso. Era a flor, e não já da escola, senão de toda a cidade. A mãe, viúva, com alguma cousa de seu, adorava o filho e trazia-o amimado, asseado, enfeitado, com um vistoso pajem atrás, um pajem que nos deixava gazear a escola, ir caçar ninhos de pássaros, ou perseguir lagartixas nos morros do Livramento e da Conceição, ou simplesmente arruar, à toa, como dous peraltas sem emprego. E de imperador! Era um gosto ver o Quincas Borba fazer de imperador nas festas do Espírito Santo. De resto, nos nossos jogos pueris, ele escolhia sempre um papel de rei, ministro, general, uma supremacia, qualquer que fosse. Tinha garbo o traquinas, e gravidade, certa magnificência nas atitudes, nos meneios. Quem diria que… Suspendamos a pena; não adiantemos os sucessos. Vamos de um salto a 1822, data da nossa independência política, e do meu primeiro cativeiro pessoal. ASSIS, Machado de. Memórias póstumas de Brás Cubas.

A busca de “uma supremacia, qualquer que fosse”, que nesse trecho caracteriza o comportamento de Quincas Borba, tem como equivalente, na trajetória de Brás Cubas,

a) o projeto de tornar-se um grande dramaturgo

b) a ideia fixa da invenção do emplastro.

c) a elaboração da filosofia do Humanitismo

d) a ambição de obter o título de marquês

e) a obsessão de conquistar Eugênia

5) (ENEM) No trecho abaixo, o narrador, ao descrever a personagem, critica sutilmente um outro estilo de época: o romantismo.

“Naquele tempo contava apenas uns quinze ou dezesseis anos; era talvez a mais atrevida criatura da nossa raça, e, com certeza, a mais voluntariosa. Não digo que já lhe coubesse a primazia da beleza, entre as mocinhas do tempo, porque isto não é romance, em que o autor sobredoura a realidade e fecha os olhos às sardas e espinhas; mas também não digo que lhe maculasse o rosto nenhuma sarda ou espinha, não. Era bonita, fresca, saía das mãos da natureza, cheia daquele feitiço, precário e eterno, que o indivíduo passa a outro indivíduo, para os fins secretos da criação.”
ASSIS, Machado de. Memórias Póstumas de Brás Cubas. Rio de Janeiro: Jackson,1957.

A frase do texto em que se percebe a crítica do narrador ao romantismo está transcrita na alternativa:

a) “… o autor sobredoura a realidade e fecha os olhos às sardas e espinhas. …”
b) “… era talvez a mais atrevida criatura da nossa raça …”
c) “Era bonita, fresca, saía das mãos da natureza, cheia daquele feitiço, precário e eterno, …”
d) “Naquele tempo contava apenas uns quinze ou dezesseis anos …”
e) “… o indivíduo passa a outro indivíduo, para os fins secretos da criação.”

6) (UFPE – adaptada) Observe e responda V (verdadeiro) ou F (falso).

“Começo a arrepender-me desse livro. Não que ele me canse; eu não tenho que fazer; e, realmente, expedir alguns magros capítulos para esse mundo sempre é tarefa que distrai um pouco da eternidade”.

ASSIS, Machado de. Memórias póstumas de Brás Cubas.

( ) Este fragmento é de um romance pretensamente biográfico, escrito por um “defunto-autor”.

( ) A ironia, o pessimismo e o desmascaramento das ilusões estão presentes no livro.

( ) “Não tive filhos, não transmiti a nenhuma criatura o legado da nossa miséria”. Frase de fim do romance, encerra o desencanto do autor diante da vida.

( ) Memórias póstumas de Brás Cubas é seu primeiro romance, tendo sido escrito na fase romântica.

( ) O texto revela uma forma trabalhada, limpa e perfeita. Em sua obra, o rigor formal não exclui a clareza.

7) (UFMG)  Considerando-se o narrador de Memórias póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis, é INCORRETO afirmar que ele:

a) aborda, de forma humorística, os temas trágicos da morte e da loucura

b) apresenta, por intermédio de Quincas Borba, o sistema filosófico denominado Humanitismo

c) convoca frequentemente o leitor a envolver-se na narrativa

d) relata suas memórias, tendo como ponto de partida fatos decisivos de sua infância.

8) (FGV – SP) Sobre o romance Memórias póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis, é correto afirmar que:

a) marca o início do Romantismo na literatura brasileira

b) o nascimento do filho do protagonista com Virgília redime a tristeza de Brás Cubas

c) o contato de Brás Cubas com a filosofia do Humanismo é-lhe facultado pelo amigo Quincas Borba.

d) Marcela era realmente apaixonada por Brás Cubas

e) as personagens femininas do romance têm a ingenuidade das heroínas românticas

9) (FGV – SP) Machado de Assis, a rigor, não foi seguidor fiel de nenhuma escola literária. No entanto, temos de convir que o autor não deixou de aceitar concepções próprias do:

a) Neoclassicismo
b) Ultra-romantismo
c) Realismo.
d) Futurismo
e) Modernismo

10) (VUNESP) O trecho abaixo pertence a célebre romance de Machado de Assis:

“Rubião, logo que chegou a Barbacena e começou a subir a rua que ora se chama de Tiradentes, exclamou parando:

– Ao vencedor, as batatas!

Tinha-as esquecido de todo, a fórmula e a alegoria. De repente, como se as sílabas houvessem ficado no ar, intactas, aguardando alguém que as pudesse entender, uniu-as, recompôs a fórmula, e proferiu-a com a mesma ênfase daquele dia em que a tomou por lei da vida e da verdade. Não se lembrava inteiramente da alegoria; mas, a palavra deu-lhe o sentido vago da luta e da vitória.”

Como se pôde ler, o personagem do romance exprime uma fórmula, mas não se lembra da alegoria com que tal fórmula se relaciona. Por sua vez, ambas, fórmula e alegoria, articulam-se com um “sistema filosófico” de autoria de outro personagem machadiano, exposto, o sistema, pela primeira vez noutro romance.

Considere:

I – romance em que está o trecho acima transcrito.

II – romance em que a fórmula e sua alegoria estão claramente expressas.

III – sistema filosófico ilustrado com a alegoria e sintetizado na fórmula.

IV – personagem autor desse sistema filosófico.

V – romance em que o personagem-autor exprimiu pela primeira vez esse sistema.

Assinale, a seguir, a correlação correta:

a) Quincas Borba; II. Quincas Borba; III. O Humanitismo; IV. Quincas Borba; V. Memórias Póstumas de Brás Cubas.

b) Memórias Póstumas de Brás Cubas; II. Quincas Borba; III. O Humanitismo; IV. Quincas Borba; V. Quincas Borba

c) Com Casmurro; II. Memórias Póstumas de Brás Cubas; III. O Humanitismo; IV. Quincas Borba; V. Dom Casmurro

d) Quincas Borba; II. Memórias Póstumas de Brás Cubas; III. O Humanitismo; IV. Quincas Borba; V. Memórias Póstumas de Brás Cubas.

e) Quincas Borba; II. Dom Casmurro/ III. O Humanitismo; IV. Rubião; V Quincas Borba

Gabarito:

1) c

2) d

3) a

4) b

5) a

6) V – V – V – F – V

7) d

8) d

9) c

10) d

Referências consultadas

MARINHO, Fernando. “Memórias póstumas de Brás Cubas”; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/literatura/memorias-postumas-bras-cubas.htm. Acesso em 26 de setembro de 2019.

MARINHO, Fernando. “Machado de Assis “; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/literatura/biografia-machado-assis.htm. Acesso em 26 de setembro de 2019.

MARINHO, Fernando. “Biografia de Machado de Assis”; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/biografia/machado-de-assis.htm. Acesso em 26 de setembro de 2019.

https://www.todamateria.com.br/quincas-borba/
https://geekiegames.geekie.com.br/blog/memorias-postumas-de-bras-cubas-resumo-analise/
https://www.todamateria.com.br/resumo-e-analise-de-memorias-postumas-de-bras-cubas/
https://guiadoestudante.abril.com.br/estudo/memorias-postumas-de-bras-cubas-resumo-da-obra-de-machado-de-assis/
https://guiadoestudante.abril.com.br/estudo/memorias-postumas-de-bras-cubas-analise-da-obra-de-machado-de-assis/
https://www.todamateria.com.br/realismo-no-brasil/
https://www.todamateria.com.br/a-linguagem-do-realismo/

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